por Pedro de Avalon

Category: Fábulas

IV. Sabedoria da Água – O Reflexo Interior

O Jovem Dragão e o Grande Panda passeavam-se na sua vila, pelo mercado ao ar livre, à procura de laranjas, folhas de chá e alguns mantimentos. O Grande Panda tinha feito algumas comunicações para chegar a acordo com um dos próximos Mestres Formidáveis a visitar. E o entusiasmo para a sua próxima viagem tinha crescido nos últimos dias.

– Penso que desta vez devemos ser nós a esperar que o Mestre venha ter connosco – disse o Grande Panda para o seu amigo – Ainda assim, teremos de viajar para o Mar Ventoso do Sul e aguardar por lá.

– O nome não me parece muito convidativo, mas se a paisagem valer a espera, será uma recompensa suficiente – comentou o Jovem Dragão com um sorriso.

III. Sabedoria da Terra – O Pulsar do Coração

Haviam passado quatro semanas desde a visita à Mãe Árvore. O Jovem Dragão tivera tempo de pensar na informação que recebeu e de sentir o seu significado. O Grande Panda ajudara-o a compreender melhor as palavras ditas e o caminho que lhe que fora apresentado. O brilho que o seu amigo sentia sobre ele, era afinal a bênção da Estrela Régia. Um elemento mitológico, presente desde tempos antigos nas histórias contadas, e que era representada como um anel circular com oito raios de chamas azuis. Era o símbolo do coração do próprio planeta, o Sol central que brilha no seu interior e que nutre a terra.  

Para si, a ideia de ser rei ainda remetia para a imagem de uma figura com estatuto acima de todos, a qual decidia o rumo da comunidade. Ainda era cedo para decidir sobre esse destino. Mas sentia curiosidade por aprender com a sabedoria dos cinco Mestres Formidáveis que a Mãe Árvore lhe aconselhara a procurar.

II. A Terra de um Rei

Encantado pela terra que escolheu para viver, o Jovem Dragão foi deixando crescer ali as suas raízes. A sua modesta casa ficava dentro de uma pequena gruta, no cimo de uma colina. Agradou-lhe a particularidade de ser necessário voar para nela poder entrar. Tinha tranquilidade e ficava resguardada de quem passasse por ali a pé.

Com o tempo, depois de conhecer o Grande Panda, e para que o seu amigo o pudesse visitar, o Jovem dragão decidiu construir uma escada com degraus em pedra e amparos talhados em bambu. Deixando, assim, o seu lar mais acessível para ser visitado.

I . O Jovem Dragão e o Grande Panda

O dragão das Fábulas foi em tempos um pequeno rebento, nascido num mundo pronto a descobrir. Como todos os seres que nascem pequenos, ao se descobrir a si e ao mundo, cresceu e ficou maior. Assim, o Pequeno Dragão se tornou um Jovem Dragão.

O Jovem Dragão viajou por vários territórios e descobriu um local onde gostaria de construir o seu Lar, e assim fez. O tempo passou e o encanto pelo lugar e os seus habitantes cresceu com ele. Criou amizade com o Guardião do Equilíbrio daquele lugar, o Grande Panda, que viu no Jovem Dragão o mesmo brilho de que as suas histórias antigas falavam. E com o tempo, os dois tornaram-se os melhores amigos.

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